A terapia de Constelação Familiar vem sendo um dos temas mais procurados ultimamente, principalmente por causa da série da Netflix “Uma nova mulher”, que retrata muito bem o assunto.
No entanto, várias pessoas que entram em contato comigo para saber como funciona esse tipo de terapia apresentam dúvidas em comum.
Por isso, resolvi pegar as 10 principais perguntas para respondê-las aqui no post. E já adianto: caso você tenha outras dúvidas sobre Constelação Familiar, fique à vontade para entrar em contato comigo, ok?
Vamos lá!
O que é Constelação Familiar?
Antes de responder às dúvidas, vamos relembrar rapidamente o que é a Constelação Familiar.
A chamada Terapia de Constelação Familiar Sistêmica teve como precursores os psicoterapeutas Virginia Satir (1916-1988) e Bert Hellinger (1925-2019).
Esse tipo de terapia busca entender quais são os nossos laços familiares, que são passados de geração a geração, que podem resultar em dificuldades e sofrimentos.
Ao olharmos para o nosso passado familiar – pais, avós, bisavós, etc. – conseguimos entender muitas origens de dificuldades e neuroses que carregamos de forma inconsciente, mas que se manifesta em nossas relações atuais.
O objetivo da Constelação Familiar não é apenas entender esses laços familiares, mas também fazer com que nos reconciliemos com eles para quebrar padrões negativos em nossa vida.
A gente entende o que aconteceu, perdoa o que aconteceu e se liberta do que aconteceu para viver a nossa própria vida, sem repetir os mesmos ciclos destrutivos.
Sabe quando parece que alguma área da sua vida está “travada” e por mais que você se esforce, as coisas não melhoram? A resposta pode ser encontrada justamente na terapia de Constelação Sistêmica Familiar.
Leia também: Como a terapia sistêmica aborda a chamada “maldição hereditária”.
10 perguntas respondidas sobre Constelação Familiar
Agora sim, vamos às principais dúvidas de quem quer saber mais sobre esse tipo de terapia:
1. Quem pode fazer a Constelação Familiar?
Qualquer pessoa que deseja ampliar a consciência de um assunto ou tema importante para seu desenvolvimento pessoal ou profissional.
Quanto aos menores de idade, eu atendo crianças (desde que haja um responsável junto no processo) e adolescentes com autorização dos pais.
2. A Constelação Familiar pode ser feita sozinha ou em família?
Recomendo atendimento individual, pois na família ou na vida pessoal, cada pessoa percebe a realidade de uma maneira.
Então, não é possível falar que um irmão é igual a você, pois ele pode ter vivido no mesmo lugar que você, mas sua percepção dos fatos é diferente da sua percepção. Cada um é um ser único.
Claro que existem vários tipos de processos terapêuticos, mas eu prefiro a de total individualização do processo.
3. Por que fazer Constelação Familiar – e não outro tipo de terapia?
Todas as terapias são importantes, tanto que ofereço outros processos terapêuticos em meu consultório.
Acredito que a constelação é um ótimo meio para encontrarmos um diagnóstico mais rápido para soluções no desenvolvimento pessoal e profissional.
Isso é possível porque podemos ampliar a consciência do que estava enterrado no inconsciente pessoal e do sistema familiar em apenas uma sessão.
Esta técnica também tem a influências da genealogia familiar, percebendo o ser humano parte uma grande teia da vida.
4. Quantas sessões de Constelação Familiar são feitas?
A cada tema a ser abordado pode ser feita 1 constelação. Exemplos de temas:
- problemas nos relacionamentos amorosos;
- dificuldades profissionais;
- traumas;
- falta de clareza no propósito de vida;
- angústias;
- problemas de saúde;
- dificuldades familiares, etc.
5. O que acontece durante a sessão de Constelação Familiar?
O tema e os elementos da constelação são definidos. Aqui no meu método de trabalho utilizo o auxílio de bonecos, papéis e movimentos do cliente no espaço. Todo o trabalho é com base na ampliação de consciência do cliente.
A Constelação Familiar é uma técnica de representação espacial das relações humanas, que permite identificar, de forma breve e vivencial, a causa das desordens e conflitos que experimentamos no âmbito familiar, profissional, dos relacionamentos e da saúde.
6. A Constelação Familiar está ligada a alguma religião?
Não, é uma técnica terapêutica. Mas posso analisar que suas ideias e suas bases filosóficas são cristãs, pois fala-se muito de como o amor e o perdão são recursos importantes para a liberação emocional do passado e no poder de mudança do ser humano.
No entanto, na Constelação Familiar, não se trabalha nada a nível espiritual, somente com os níveis de consciência do cliente de como ele se relaciona com seus entes queridos, suas dores e ligações inconscientes – que se liga aos que não estão mais fazendo parte da família atual, mas que existem em uma consciência familiar.
A pessoa capta aquilo que está armazenado no invisível, no campo de memória.
Vejo muitas pessoas fazendo muitos tipos de constelação e misturando a técnica com suas crenças religiosas e visões particulares da vida. Isso não é profissional.
Mas é preciso ficar claro que numa constelação, qualquer pessoa pode acessar esse campo de memória mediante uma postura de neutralidade, sem intenção ou julgamento. Então, não se trata de religião. Trata-se de um fenômeno biológico, que acontece em todas as espécies.
Para entender melhor, vamos a um exemplo científico.
Um neurônio-espelho, uma das descobertas mais importantes da neurociência na última década, está ligado à visão e ao movimento. Ele permite o aprendizado por imitação, já que é acionado quando é necessário observar ou reproduzir o comportamento de outros seres da mesma espécie.
É dessa forma, por exemplo, que as aves sabem quando e para onde devem migrar, as tartarugas sabem onde deverão desovar e os peixes de um cardume sabem a hora e a direção certa de se movimentar juntos para fugir de um predador.
Os indivíduos de um grupo ou espécie captam a informação (ou memória) em seus corpos, desse grande banco de dados invisível. Por isso é possível trabalhar a Constelação Familiar dessa maneira.
7. Quanto tempo dura uma sessão de Constelação Familiar?
No máximo duas horas.
8. O que preciso fazer depois de passar pela Constelação Familiar?
Agir e se apoderar de seu poder de criar as mudanças necessárias.
Algumas pessoas fazem a Constelação Sistêmica e encerram o processo. Mas, muitos clientes fazem pacotes de 12 sessões de acompanhamento de terapias sistêmicas.
Isso é importante, pois às vezes (ou muitas vezes) não conseguimos incorporar sozinhos as mudanças necessárias para a solução.
9. É verdade que algumas pessoas pioram depois de constelar?
Sim, pois alguns processos são feitos por terapeutas não qualificados, que seguem um senso comum próprio, crenças pessoais e ideias que se aplicam ou rotulam todas as pessoas.
Para ser um terapeuta sistêmico não precisa ser formado em uma faculdade, mas eu particularmente acredito que é bom identificar as formações do profissional.
Por exemplo: eu fiz faculdade de Serviço Social, estudei tecnicamente sobre a família, grupos sociais, fiz pós e mestrado na visão sistêmica. Dei aula na visão sistêmica em faculdades e conheço a base técnica do pensamento sistêmico, atuando por 30 anos com desenvolvimento de pessoas.
Acredito que o que faz mal é uma terapia sem a base de como funciona o ser humano. Por isso, é preciso pesquisar muito as bases técnicas do profissional.
Já vi muitas pessoas vendendo constelação como se fosse um trabalho de bola de cristal. Não existe adivinhação, mas um trabalho de fazer o cliente ampliar a visão de si mesmo e das percepções de seu contexto.
Um facilitador de Constelação Familiar não precisa ser psicólogo, assistente social, psicanalista, médico ou psiquiatra, embora muitos profissionais dessas áreas acabam se formando e atuando como consteladores. Conheço profissionais de outras áreas de conhecimento e que são profissionais de alto nível de formação.
Ou seja, como acontece com qualquer outra profissão, se a Constelação Familiar for aplicada por um profissional sem a qualificação e a experiência necessárias, isso pode sim ser perigoso.
Afinal, o cliente pode ser levado a entrar em contato com questões muito difíceis, sombras e traumas biográficos e transbiográficos que podem, inclusive, traumatizá-lo novamente.
Por isso, é importante escolher um profissional com boa formação na área, bons anos de prática e que seja bem recomendado.
10. Quanto custa fazer Constelação Familiar?
Existem vários valores e âmbitos de uma constelação. Existem as de questões familiares, questões profissionais, negócios e decisões importantes. Todas para ampliar a consciência sistêmica do cliente.
Por isso, os valores variam de acordo com a demanda de cada pessoa, empresa ou grupo específico – e é possível tirar todas essas dúvidas antes de agendar uma sessão.
E então? Dúvidas respondidas? Como terapeuta sistêmica, eu posso te ajudar com esse tipo de abordagem ou com outras terapias, de acordo com a sua necessidade.
Então, entre em contato comigo agora mesmo para conversarmos!