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Autoconhecimento: como o nosso inconsciente nos ajuda nesse processo?

Você sabia que o nosso inconsciente também nos ajuda no processo de autoconhecimento?

Entender como acessar o inconsciente é uma forma de chegar a um esclarecimento sobre nós mesmos, já que ele sofre influências dos campos morfogenéticos (o que explicarei logo a seguir aqui no post). 

Felizmente, os estudos sobre este tema estão avançando e, hoje, temos acesso a terapias mais evoluídas por meio do pensamento sistêmico, com destaque para duas: a Terapia Ericksoniana e a Terapia Familiar Satir. 

Portanto, vamos entender melhor sobre este assunto e a importância do inconsciente no processo de autoconhecimento? 

Vamos lá!

Definindo os termos “consciente” e “inconsciente”

Muitas vezes, precisamos solucionar problemas em nossa vida e escolher as melhores alternativas. Por isso, é importante desenvolver o autoconhecimento em todos os níveis da mente consciente e inconsciente. 

Antes de mais nada, precisamos esclarecer a diferença entre o consciente e o inconsciente.

Sobre o consciente, o fato é que ninguém conseguiu defini-lo exatamente até hoje. Existem diversos significados, desde “estar em vigília” (o oposto de coma), até um sentido mais amplo, de ter a capacidade de perceber-se, do “eu existo” e vivo este momento. Portanto, os pensamentos conscientes seriam aqueles passíveis de relato verbal.

Já o inconsciente representa todas as memórias e combinações possíveis entre elas – as quais não sabemos que estão armazenadas em nosso cérebro. Também acontecem no inconsciente processos de decisão, registro de traumas e até percepções de mundo que ainda não foram foco de atenção. 

Também existe o chamado inconsciente coletivo, no qual considero profundamente na análise do contexto dos meus clientes. 

O inconsciente coletivo é como algo “inato no ser humano”, algo similar a uma “biblioteca 

universal” a qual todo ser humano tem acesso. Foi Carl Jung que utilizou este termo baseado em sua grande experiência em psiquiatria.

Todos nós sentimos os mesmos impulsos: amor, raiva, medo, tristeza… São emoções muito fortes que estão arraigadas em nosso corpo e mente. 

Uma boa metáfora é compará-lo com um grande HD externo que guarda toda a experiência humana e que todos nós temos a senha de acesso. Chegamos ao mundo com uma memória herdada com todo o aprendizado da humanidade, todos os seus medos e desejos e com a capacidade de acessá-las durante nosso desenvolvimento. 

São justamente essas portas de acesso ao inconsciente que fazem parte da estratégia que utilizo no consultório para os processos de ampliação de consciência sistêmica familiar. 

O que é um campo morfogenético e como ele se manifesta em nosso inconsciente?

Lá na introdução deste post, eu mencionei que o nosso inconsciente sofre influências de campos morfogenéticos. 

Os campos morfogenéticos – ou campos mórficos – são campos que levam informações e são utilizáveis através do espaço e do tempo sem perda alguma de intensidade depois de terem sido criados.

Vamos lá: os organismos vivos não herdam apenas os genes, mas também os campos mórficos. 

Os genes são recebidos materialmente dos antepassados e permitem elaborar certos tipos de moléculas protéicas. Já os campos mórficos são herdados de um modo não-material, por meio da ressonância mórfica, não somente dos antepassados diretos, mas também dos demais membros da espécie.

Depois de muitos anos de estudo e pesquisa, chegou-se à conclusão de que a chave desse mistério estaria numa espécie de memória: uma memória coletiva e inconsciente que faz com que formas e hábitos sejam transmitidos de geração para geração.

É por isso que o nosso inconsciente sofre influência de campos morfogenéticos: nós recebemos essa herança de memória coletiva e inconsciente, que nos foi repassado pelas gerações. 

A ressonância mórfica tende a reforçar qualquer padrão repetitivo, seja ele bom ou mau. Por isso, cada um de nós é mais responsável do que imagina, pois nossas ações podem influenciar os outros – e serem repetidas.

As psicoterapias que ajudam no processo de autoconhecimento por meio do inconsciente

Bom, até agora entendemos melhor sobre como o nosso inconsciente guarda memórias que nos ajudam no processo de cura e de autoconhecimento profundo.

Existem terapias (abordagens sistêmicas) que auxiliam nessa descoberta e que utilizo em meu consultório. Quero destacar duas delas: a Terapia Familiar Satir e a Terapia Ericksoniana. 

Terapia familiar Satir

Trata-se de uma terapia de percepção ampliada da nossa realidade interna e externa criada pela psicoterapeuta Virginia Satir

Precisamos trabalhar com as seguintes perguntas:

  • O que está atrás de nós (nossos antepassados)?
  • O que está à nossa frente (futuro)?
  • Saberemos quem somos? 

Cada pessoa tem dentro de si os recursos necessários para alcançar produtivamente relacionamentos saudáveis e criar uma nova realidade de vida. 

A fonte está dentro de você; todos temos os recursos, só basta acessá-los e buscarmos reconhecer nossa essência, nosso propósito de estarmos aqui sendo nós mesmos. 

A melhor terapia ou ensino é expandir a habilidade em acessar recursos e qualidades não reconhecidas dentro de nós por meio do acesso ao inconsciente criativo humano.

O sentido da vida é enxergar o poder que temos na união das mentes conscientes, inconscientes e o acesso ao campo das infinitas possibilidades. 

O medo, real ou imaginário, é uma das maiores limitações que as pessoas têm.

Em contrapartida, o amor e o humor são instrumentos poderosos para mudanças produtivas – mudanças nas experiências interiores aprendidas que mudam as perspectivas, os comportamentos e as respostas.

A Terapia Ericksoniana e as 7 perspectivas

Outra psicoterapia que utilizo muito com meus clientes é a Terapia Ericksoniana, desenvolvida pelo psiquiatra Milton Erickson. Ela é baseada no acesso ao inconsciente e das suas infinitas possibilidades.

A seguir, eis as 7 perspectivas da psicoterapia ericksoniana segundo Betty Alice Erickson, filha do psiquiatra:

  1. São os sentimentos que realmente importam. Os sentimentos frequentemente são mais poderosos do que o intelecto.
  2. As crenças são construídas sobre os sentimentos.
  3. Respostas e comportamentos são, com frequência, construídos sobre os sentimentos.
  4. Nós defendemos nossos sentimentos de forma apaixonada.
  5. Os sentimentos não são necessariamente congruentes com a realidade. Quando os sentimentos afetam os comportamentos e respostas de forma negativa, problemas se desenvolvem.
  6. Tudo que nós somos, exceto nosso corpo físico, é aprendido a partir das experiências. O fogo é quente, o sorvete é gostoso, o mundo é amigável ou hostil. Crenças, comportamentos e respostas são construídos sobre as experiências internas aprendidas.
  7. A maioria das pessoas quer viver uma vida boa e produtiva. 

O propósito da terapia ericksoniana é ajudar as pessoas a alcançarem metas produtivas e saudáveis. Ela pode capacitar cada um de nós a acessar recursos internos em um fluxo criativo da mente inconsciente. 

“Eu sou eu”

A terapia familiar de Satir tem muito em comum com os princípios ericksonianos, sendo uma união perfeita com as constelações sistêmicas e estruturais. Todas estas técnicas estimulam o autoconhecimento profundo. 

Acredito que a terapia ericksoniana que utilizo pode capacitar cada um de nós a conseguir tudo isso e ainda mais. 

Virginia Satir, que foi contemporânea de Milton Erickson, resume a filosofia dele em um trecho que ela escreveu em 1975, e essencialmente descreve a meta que ele tentava alcançar com seus clientes no texto a seguir:

“Eu sou eu.

Em todo o mundo, não há mais ninguém que seja exatamente como eu. Tudo que sai de mim é autenticamente meu, porque eu mesmo escolhi isto – eu assumo tudo em relação a mim: meu corpo, meus sentimentos, minha boca, minha voz, todas as minhas ações, sejam elas em relação aos outros ou a mim mesma. 

Eu assumo minhas fantasias, meus sonhos, minhas esperanças, meus medos. Eu assumo meus triunfos e sucessos, todos os meus fracassos e erros. Por assumir tudo o que eu sou, eu começo a me conhecer intimamente. Ao fazer isto, eu posso me amar e ser amigável com todas as minhas partes. 

Eu sei que há aspectos de quem sou que me confundem, e outros aspectos que eu nem conheço – mas na medida em que eu for amistosa e amorosa comigo mesma, poderei corajosamente e esperançosamente procurar soluções para as confusões e procurar maneiras de descobrir mais sobre mim mesma. 

Qualquer que seja a minha aparência ou jeito de falar, o que quer que eu diga ou faça e o que quer que eu pense e sinta, em um dado momento no tempo, isto autenticamente sou eu. 

Se mais tarde alguns aspectos da minha aparência, do meu jeito de falar, de pensar que não serve mais, mantendo o resto e inventar algo novo e sentir parecem não servir, eu posso descartar aquilo para aquilo que eu descartei. 

Eu posso ver, ouvir, sentir, pensar, dizer e fazer. Eu tenho as ferramentas para sobreviver, para estar perto dos outros, para ser produtiva e para entender e organizar o mundo das pessoas e coisas externas a mim. Eu me assumo e, portanto, eu posso me inventar. Eu sou eu, e eu sou OK”.

(Fonte: Self esteem: Virginia Satir, 1975. Celestial Arts California).

Como essas psicoterapias ajudam no trabalho de autoconhecimento?

A Terapia Familiar de Satir, a Terapia Ericksoniana e também a Constelação Familiar Sistêmica são processos que utilizo no autoconhecimento profundo. Eles permitem enxergar onde está a origem do problema e desfazem possíveis conexões do inconsciente, trazendo à consciência soluções criativas. 

É por isso que eu não uso somente uma abordagem terapêutica, mas, sim, a chamada terapia integrativa sistêmica, que é a integração de vários estudos sobre o ser humano, as relações sociais e familiares. 

Encerrando alguns dos caminhos de como acessar o inconsciente, a cultura é uma manifestação coletiva da nossa essência. Sempre digo: “Você é o seu contexto”.

Toda a sua estrutura é construída com base no que acreditamos e tememos – conscientemente ou não.

Repito o que disse na introdução deste artigo: Entender como acessar o inconsciente é uma forma de chegar a um esclarecimento sobre nós mesmos. 

Se você precisa de ajuda nesse processo de autoconhecimento e está em busca de entender seu  propósito de vida, conte comigo – seja para atendimento presencial ou on-line. Saiba mais informações e me envie uma mensagem através deste link

Josiane Ferreira

Terapeuta, assistente social, e psicanalista com mais de 25 anos de experiência. Especialista em políticas públicas e desenvolvimento humano, fundadora do Instituto de Desenvolvimento Generativo Sistêmico. Criadora do Movimento Feminino Soberano e inovadora na área de inteligência sistêmica e espiritual. Atua como professora universitária, palestrante, e mentora, ajudando pessoas a alcançarem transformação pessoal e cura sistêmica.

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