Eis que chega o dia em que nos vemos confusos e nos perguntando: será que encontrei o meu propósito de vida? Afinal, como encontrar um propósito para se viver?
Vamos conversar sobre isso?
Um pouco sobre a nossa consciência
Para entendermos melhor sobre como encontrar um propósito de vida, precisamos saber como funciona a nossa mente a nível de consciência.
Entender como funciona a nossa consciência é fundamental para a felicidade e o sucesso.
Estudos comprovam que conseguimos chegar a 5% de consciência em nosso dia a dia, tanto na tomada de decisões, quanto em nosso estado de presença daquilo que estamos vivendo no agora.
Antes de mais nada, também precisamos resgatar teorias da neurociência que afirmam que somos entre 95% e 97% inconscientes em nossas ações.
Segundo o neurocientista Tauily Taunay, somos conscientes de apenas 5% em nossas ações.
É por este motivo que a ampliação da consciência humana é fundamental para a nossa felicidade e sucesso.
Mas o que isso tem a ver com propósito de vida?
Em meu trabalho como terapeuta, essa ampliação da consciência se dá por meio da expansão do diálogo amoroso – e também questionador.
São abordados temas que têm a ver com os anseios mais íntimos das pessoas adultas, que sentem angústias por não terem consciência do seu pensar e sentir e querem respostas para suas dores humanas.
Se este também é o seu caso, proponho a você chegar até o final deste texto. Você poderá encontrar o desejo de pensar sobre o propósito de sua existência e as possibilidades de transformação da realidade.
As nossas questões internas – as perguntas que fazemos a nós mesmos e que também são feitas durante o processo terapêutico – são amorosas e têm como base as muitas experiências do nosso complexo pensamento e da nossa alma humana.
As questões têm o objetivo de guiar as descobertas rumo ao despertar da consciência do propósito de vida como um processo natural, que pode mudar e ter transformações ao longo do tempo.
O que significa ter um propósito de vida?
Sergio Chaia, coach de CEOS e de atletas de alto rendimento, define o propósito de vida como “a forma pela qual você quer ser lembrado”.
Há muitos bons propósitos de vida:
- Conseguir algo.
- Evitar algo.
- Ou nos proteger de algo.
- Talvez queiramos manter ou ficar com algo.
- Talvez o bom propósito tenha a ver com nossas relações passadas, atuais – ou as duas.
- O bom propósito talvez tenha a ver com nossas necessidades e valores.
- Talvez com o nosso autorretrato.
- Pode se tratar da nossa posição social ou do lugar onde pertencemos.
- Talvez do nosso caminho espiritual ou sentido de vida.
- Talvez exista por trás do nosso bom propósito – e lá encontramos mais um outro e atrás dele ainda mais um. Talvez possamos achar, assim, o propósito mais profundo.
Viu como são muitas as perguntas a serem feitas? Mas elas são necessárias, pois nos ajudam a descortinar as sombras e a trazer luz sobre as respostas.
Mas, voltemos à frase de Sergio Chaia: o propósito de vida é a forma pela qual você quer ser lembrado.
Um jeito de construir a própria biografia com um propósito pode ser possível se primeiro conhecermos os nossos próprios talentos.
O que eu faço muito bem? Com que dons eu nasci?
Não importa quais são estes dons: cozinhar, organizar coisas, orientar carreiras, dar palestra, costurar, ensinar um idioma.
Depois de definidos, podemos pensar em como colocar estes dons a serviço de pessoas que precisam. Não uma vez na vida, mas como parte da nossa rotina, pois tem de virar um hábito.
Propósito de vida é sobre as estradas que escolhemos percorrer.
Se escolhemos as asfaltadas e planas, vamos andar mais rápido, mas não aprendemos muita coisa – já que o aprendizado está nos desafios (vencidos ou não).
Se escolhemos as estradas muito esburacadas, podemos ficar tão concentrados em não cair nos buracos, que perdemos a paisagem.
Que estradas estamos escolhendo? Quase tudo é escolha. E em cada escolha, há várias renúncias.
Propósito de vida é também sobre o jeito que estamos percorrendo essas estradas.
Pagando algum preço alto demais? Abrindo mão de algo valioso demais? Quem tem propósito não negligencia o que mais importa. Pode renunciar a algumas coisas, mas nunca o que o faz realmente feliz.
Leia também: Conheça mais sobre a abordagem terapêutica cognitiva para melhorar os relacionamentos humanos.
Encontrando o propósito de vida
Pare e pense: ao refletirmos sobre a vida, algo que não gostamos foi desenvolvido a partir de um bom propósito – bom no sentido de conexão com sua verdade.
Então, para iniciarmos a busca por um bom propósito de vida, não podemos deixar de lado nenhuma parte de nós mesmos, sendo fundamental o autoconhecimento de nossa história e dos nossos padrões mentais, crenças e comportamentos.
Às vezes, achamos que para encontrarmos um bom propósito devemos excluir tudo que achamos ruim em nós e em nossas vidas. Mas isso não é verdade, pois todos somos imperfeitamente perfeitos.
Às vezes, é mais gostoso olhar para nossas potencialidades – mas não podemos deixar de ver o que não gostamos. Pode ser um comportamento, sentimento, um sintoma ou até uma doença. Pode ser um papel que adquirimos ou também uma convicção, um modo de pensar, uma característica.
Mas será que podemos pesquisar um bom propósito de vida por outros caminhos?
Talvez quando ouvimos o nosso interior, estando em silêncio, meditando, falando consigo mesmo ou nos perguntando o que é bom e aquilo que não gostamos.
Talvez imaginemos que tivéssemos uma parte interior, a qual este propósito nos pudesse dar respostas, como “sim” ou “não”, ou talvez por sinais corporais.
Às vezes o propósito de vida é tão velho que nós precisamos achar o caminho para lembrá-lo.
Talvez lembramos onde o bom propósito se originou quando retrocedemos o caminho da nossa vida. E aconteceu de não gostarmos do acontecimento quando ele se originou.
Talvez não identificamos nenhum bom propósito em nossa vida – mas achamos alguém com quem nos familiarizamos e o copiamos.
Daí, mais questões precisam ser levantadas:
Então foi o nosso bom propósito agir de modo igual a este alguém, talvez por fidelidade familiar, talvez por amor e admiração? Ou nós simplesmente aprendemos como essa pessoa? Mas qual foi o bom propósito dela?
É fundamental olhar isso, pois podemos nos libertar de muitas coisas que carregamos e que muitas vezes nem fazem mais sentido.
Quando achamos um bom propósito, isso realmente pode nos ajudar?
Como vimos, analisar com outros olhos e valorizar algo que não gostamos pode ser um caminho de rever nossas vidas, além de achar outros caminhos para realizar o bom propósito de vida.
E como podemos reavaliar algo que não gostamos, do ponto de vista do bom propósito?
- Às vezes, o bom propósito não pode ser realidade, não era um bom caminho.
- Às vezes, um caminho velho tinha suas más consequências e nos distanciou mais ainda da realização do bom propósito.
- Às vezes, o caminho era bom no passado, mas hoje não nos convém.
Então, como achamos outro caminho?
Aqui farei uma sequência de “talvez”:
- Talvez usemos nossa criatividade.
- Talvez precisamos nos permitir a realização e aceitá-la como um presente da vida.
- Talvez percebamos o que nos faltou para realizar o bom propósito de modo diferente ou melhor.
- Talvez precisamos virar algumas pré-condições.
- Talvez precisamos de reconhecimento.
- Talvez precisemos de energia.
- Talvez precisamos de confiança.
- Talvez precisemos de disciplina.
- Talvez precisemos, antes de tudo, dar permissão para poder realizar o bom propósito de vida.
- Talvez precisemos de permissão para poder agir de modo diferente de outras pessoas.
- Talvez precisamos saber ouvir que temos valor e somos merecedores.
- Talvez existam modelos, dos quais podemos aprender outros caminhos.
- Talvez aconteça um milagre, o qual nos mostre e nos deixe experimentar como seriam outros caminhos.
- Talvez precisamos aprender primeiro um novo caminho.
- Talvez precisemos de alguém que nos ajude.
- Talvez o que procuramos é tão antigo, que hoje em dia não parece possível de se realizar.
- Talvez precisemos mudar nossas prioridades e ter novos pensamentos.
- Talvez precisemos de uma outra autoimagem.
- Talvez precisaremos pertencer a outro lugar.
Percebeu que quando estamos na busca pelo nosso bom propósito de vida, esses questionamentos nos ajudam e nos empurram para frente – mesmo que, em alguns momentos, precisemos voltar atrás para resgatar algo?
Propósito de vida é sobre as estradas que escolhemos percorrer.
Se escolhemos as asfaltadas e planas, vamos andar mais rápido, mas não aprendemos muita coisa – já que o aprendizado está nos desafios (vencidos ou não).
Se escolhemos as estradas muito esburacadas, podemos ficar tão concentrados em não cair nos buracos, que perdemos a paisagem.
Que estradas estamos escolhendo? Quase tudo é escolha. E em cada escolha, há várias renúncias.
Propósito de vida é também sobre o jeito que estamos percorrendo essas estradas.
Pagando algum preço alto demais? Abrindo mão de algo valioso demais? Quem tem propósito não negligencia o que mais importa. Pode renunciar a algumas coisas, mas nunca o que o faz realmente feliz.
O que acontece se seguirmos o nosso propósito de vida?
Uma dúvida que muitas pessoas têm em relação a encontrar seus propósitos de vida é esta: o que vai acontecer com aquilo que fizemos até hoje?
Mais uma vez precisamos recorrer ao “talvez”:
- Talvez a gente descubra que precisaremos nos libertar de um hábito muito difícil.
- Talvez o passado se afaste sem resistência, se tivermos melhores caminhos e sabedoria.
- Talvez só possamos dispensar algo quando um outro se torne forte o suficiente, co-existindo inicialmente.
- Talvez o nosso velho caminho nos “viciou” e precisamos de uma “desintoxicação”.
- Talvez precisamos de alguém que nos apoie.
Será que estamos prontos para pagar um eventual preço que a mudança nos cobra?
Possivelmente só estamos prontos para uma mudança quando a situação de vida atual tornou-se insuportável ou impossível de continuar.
Muitas vezes, precisamos amenizar as consequências desagradáveis do caminho antes de organizá-lo.
Talvez exista um propósito de vida a nos manter no velho caminho.
Talvez signifique deixar para trás “o passado”; assim, a nossa identidade seria alterada, transformando-nos numa outra pessoa – ou finalmente em nós mesmos.
E talvez tomemos outro caminho, tanto interno quanto externo, para um lugar onde pertencemos.
Resumindo: O caminho vale a pena.
O bom propósito de vida se encontra nas perguntas e no caminhar.
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