Neste conteúdo vamos falar sobre a chamada Terapia Breve de Constelação Sistêmica Familiar, que está sendo muito falada hoje em dia, embora nem todos conheçam a fundo como ela funciona.
Em outras palavras, vamos demonstrar aqui no conteúdo a efetividade da teoria sistêmica no processo de terapia breve que enfoca a família – que, como sabemos, tem um papel muito importante no desenvolvimento humano.
Por isso, se você está em dúvidas se as terapias sistêmicas – como a constelação familiar – são realmente eficazes, continue por aqui. Vamos conversar?
O que é a Terapia Breve de Constelação Sistêmica Familiar?
A Terapia Breve de Constelação Sistêmica Familiar une as abordagens sistêmicas, estruturais e dinâmicas em um abordagem integrativa – que foi sendo desenvolvida por mim ao longo dos anos.
Atendendo a dezenas de pessoas mensalmente, fui integrando as abordagens terapêuticas em um processo inovador e trazendo simplicidade para questões complexas.
O principal conceito da Terapia Familiar Sistêmica surgiu da contribuição de muitos autores e das mais diversas áreas do saber.
Nascida na década de 1950, a Terapia Familiar teve como seus principais precursores:
- pensadores;
- assistentes sociais;
- psicólogos;
- psiquiatras;
- biólogos;
- físicos;
- entre outros.
Como exemplo, podemos citar Salvador Minuchin (1921 – 2017), médico psiquiatra que, com sua visão da família como um sistema vivo, colocou o sistema familiar e delimitou-o em seus subsistemas.
Minuchin demonstrou, assim, como sua estrutura impelia resistência à mudança e tendia a buscar constantemente a homeostase, ou seja, a estabilidade do sistema.
Essas iniciativas, no entanto, podem ser consideradas apenas como ações isoladas que só posteriormente foram se desenvolvendo.
Por isso, eu utilizo como ferramenta não somente um instrumento proposto por uma determinada escola – mas, estando habilitada em várias ferramentas propostas pelas diversas escolas.
Portanto, na Terapia Breve, o objetivo é selecionar a técnica que seja mais eficiente para tratar a queixa apresentada pela família ou paciente.
Saiba mais: A efetividade da Constelação Familiar no processo de terapia.
Tipos de abordagens que dão base aos atendimentos da Terapia Breve de Constelação Sistêmica Familiar
Bom, vimos até aqui que, como terapeuta sistêmica, eu utilizo várias abordagens de diferentes escolas do ramo para tratar a individualidade de cada paciente e de suas famílias.
Conheça a seguir os diferentes tipos de abordagens que dão base para os meus atendimentos:
Escola Estrutural de Terapia Familiar
É conhecida por Escola Estrutural a abordagem de terapia familiar sistêmica que tem como pressuposto principal a visão da família como sendo um grande sistema, com vários subsistemas que interagem entre si e influenciam-se mutuamente.
Cada indivíduo na família é um subsistema da mesma. Assim, percebe-se que a forma como a família se relaciona e interage constrói um padrão, uma estrutura.
Entre cada subsistema existem fronteiras interpessoais que regulam a forma de interação entre seus membros, ao mesmo tempo em que há fronteiras maiores que regulam as formas como a família se relaciona com o mundo em que está inserida.
Tais fronteiras podem ser caracterizadas como rígidas, nítidas ou emaranhadas. Fronteiras podem ser definidas como limites, regras, padrões e normas existentes dentro da família.
Na visão trazida pela Escola Estrutural, o indivíduo pode pertencer a diferentes subsistemas, nos quais adquire diferentes níveis de poder e distintas habilidades.
Nesse enfoque, deve-se lembrar que toda família busca por meio de suas interações a homeostase, ou seja, a estabilidade do sistema.
Então pode-se concluir que o objetivo da terapia preconizada pela escola estrutural é alterar as fronteiras e realinhar os subsistemas intrafamiliares, buscando uma reestruturação para uma melhor interação e comunicação entre os membros familiares. E, de forma geral, buscar que as famílias tenham uma estrutura hierárquica funcional e efetiva, bem como a visão sistêmica defende este princípio.
Escola Transgeracional de Terapia Familiar
Esta escola tem como um de seus pressupostos que não se deve estudar somente a família atual.
O fato é que a família deve ser compreendida a partir da revelação do que aconteceu às gerações que a antecederam (família de origem) e, por vezes, ainda estender a visão para a família ampliada.
Na participação da família de origem (pais, irmãos, avós, outras figuras significativas) é uma busca para o entendimento de como se dá a transmissão dos valores, padrões e mitos familiares e, por meio dela, busca-se o fortalecimento dos laços emocionais e familiares, bem como facilitar a resolução dos problemas.
Entre as técnicas mais importantes para a Escola Transgeracional, destacamos o genograma que utilizo para entender os padrões familiares.
Genograma é um instrumento terapêutico elaborado pelo psiquiatra norte-americano Murray Bowen, que tenta representar graficamente as complexas relações familiares, fazendo com que se revelem os preceitos e convenções que se perpetuam nas relações daquele grupo familiar ao longo das gerações.
Mesmo que não produza respostas aos problemas, essa técnica possibilita a ampliação das hipóteses, podendo construir o caminho de origem da queixa familiar que, muitas vezes, está localizada ao longo de uma linha temporal que transcende a vivência presente.
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Como a Terapia Breve é feita na prática?
Vamos falar sobre os procedimentos feitos na Terapia Breve de Constelação Sistêmica Familiar, que pode ser realizada tanto presencialmente quanto online.
Eis o resumo:
- Pré-sessão;
- Sessão de terapia;
- inter-sessão (diagnóstico);
- Pós-sessão.
Em geral, os atendimentos podem totalizar 12 sessões, que podem ser realizadas semanalmente ou quinzenalmente. A constelação familiar é realizada somente se houver necessidade.
Vamos a um exemplo prático?
Um casal buscou ajuda porque o homem sofria por não conseguir acabar seu relacionamento. Sua esposa apresentava vários episódios de casos extraconjugais e ele estava enlouquecendo e pensando em ir embora – até mesmo abandonar a vida profissional.
Bom, um dos princípios da Terapia Breve de Constelação Sistêmica Familiar é o da circularidade: a pessoa que pede a mudança precisa também mudar.
A escola transgeracional ensina que o terapeuta deve ajudar o indivíduo a entender o funcionamento do sistema familiar do qual faz parte.
No caso do exemplo, percebemos que avós, pais e irmãos do paciente eram todos divorciados devido a casos de infidelidade (transgeracionalidade).
Isso quer dizer que ali há um padrão de traição. Mas também existe a dificuldade de quebrar esse ciclo.
O marido acabou desenvolvendo uma carência afetiva e dependência emocional. Ele já sabia do comportamento da mulher antes do casamento – mas, mesmo assim, casou e suportou a situação por anos. Ele só estava percebendo que estava adoecendo por interferência de amigos.
Ao final do processo terapêutico, foi possível perceber que o casal se mostrava menos reativo, mais feliz e com esperança de romper o relacionamento e buscar relacionamentos saudáveis. Sim, nem sempre a terapia de casal evita o divórcio – ele pode até ser a solução para as dores dos pacientes.
Em vez de olharmos apenas para a traição, olhamos para a necessidade de tratamento da dependência emocional – um comportamento que o paciente já trazia desde a adolescência, por causa do afastamento dos pais e fortes exigências deles.
O importante deste processo foi cada um entender além dos fatos atuais, ver suas origens e assim poder ter recursos para mudar seus destinos.
Portanto, finalizo dizendo que a Terapia Breve de Constelação Familiar pode ser uma solução importante para diversos sofrimentos humanos. Dentro de cada paciente, podem estar escondidos traumas que nem ele mesmo consegue identificar, por estarem no inconsciente de padrões familiares repetidos por anos.
Se você tem passado por angústias, dores, sofrimentos e sente que está vivendo um ciclo interminável de problemas, a terapia sistêmica te ajudará a encontrar a saída.
Por isso, te convido a acessar este link para agendar uma conversa comigo. Vamos juntos encontrar a solução?